sábado, 17 de setembro de 2011

cada poeta tem seu ritmo

e

cada poeta tem seu ritmo como
um punho a ditar-se à bomba vital como
uma ranhura que é jamais revista para
não se perder nesse dizível é
pelo ritmo que se identifica pois
cada poeta tem seu ritmo

e

cada poema tem seu arrimo como
um conforto para a tarde densa como
um mar de contas dado à penitência para
não se afogar nesse inefável é
pelo arrimo que se unifica pois
cada poema tem seu arrimo

e

cada poética tem seu rizoma como
uma ilusão a vicejar certezas como
uma janela frente ao impensável para
não se estancar nesse sigilo é
pelo rizoma que se multiplica pois
cada poética tem seu rizoma

e

cada poiese tem seu limo como
uma mulher tem seus anos como
uma manhã tem seus sonhos para
não se arrogar desse castilho é
pelo limo que se sacrifica pois
cada poiese tem seu limo

e

Um comentário:

  1. Costumo dizer que não avalio poesia porque não me sinto qualificado para tal. A falta de recursos para avaliação, no entanto, se junta à minha falta de talento poético para elogiar quando encontro algo que mesmo um leigo percebe ser bom.
    Parabéns. Gostei bastante de alguns textos que encontrei aqui, especialmente este.
    Abraços,
    Ale.

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