desaprender a insignificância
- meu desafio.
deixar o que em mim puxa ao silêncio.
calar o que só quer ser da cidade.
erguer o horizonte & me espraiar.
careço de um delírio
longe do sebo em que se unem,
entre cervejas e discos raros,
intelectuais de costume,
em sua troca de agrados,
alheios à rua alheia.
antes vedar a via da arrogância,
crer num sentido além da vaidade,
ater-me a sonhos inda não sonhados.
ah... chegar a praças onde só me saibam
pela escrita - alguns nem lembrem o nome -
sem ter de mendigar quaisquer leitores
às portas da menor biblioteca!
restar no gozo de quem me desfolha
quando há muito já for só volumes!
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